28 de Outubro de 2025
APRESENTACÃO/OBJECTIVOS
Os projetos de parentalidade são um dos motivos que levam as pessoas consultas psicoterapêuticas, quer pelas questões que colocam, quer pelas mudanças que acarretam, quer ainda pelas dificuldades que por vezes trazem. A gravidez é uma experiência muito particular e significativa na vida de uma mulher, e é uma experiência com características específicas quando ocorre no decurso de um processo terapêutico ou analítico. Implica uma reorganização do mundo interno, em que questões como identidade, sexualidade, relação com os
objetos internos, são revisitadas e potencialmente transformadas, criando no campo transfero-contratransferencial movimentos rápidos e intensos, que surgem como uma oportunidade de mudança. A paciente grávida traz questões específicas que devem ser endereçadas e a gravidez da terapeuta traz para o campo terapêutico um conjunto de implicações que não deverão ser ignoradas. No âmbito desses projetos de parentalidade, por vezes as pessoas encontram-se com situações de infertilidade, acarretando emoções intensas e experiências difíceis de elaborar desilusão, a falha, a perda, sentimentos de desvalorização e desqualificação narcísica, fragilização da identidade, lutos, entre outros. Para dar resposta aos casos de infertilidade, a medicina tem desenvolvido soluções tecnológicas cada vez mais sofisticadas dentro da chamada Reprodução Assistida (RA). Para além da infertilidade, hoje em dia a RA responde a outros pedidos, como a homoparentalidade, as mães sozinhas, escolha de adiar a maternidade para idades mais avançadas. No entanto, os processos de RA não são uma solução mágica nem imediata para o sofrimento psíquico que a infertilidade traz. O clínico no mundo contemporâneo precisa de saber enfrentar estes novos desafios e ajudar os pacientes a navegarem estes processos, de forma empática, cuidadosa e não preconceituosa. Procuramos com este grupo compreender de forma profunda o impacto que estas experiências podem ter no individuo e na relação terapêutica, procurando facilitar a elaboração das emoções a eles associadas, de modo a que a construção da parentalidade e da relação familiar se possa estabelecer de forma saudável. A partir das apresentações clínicas, o grupo irá discutir as várias abordagens ao tema e como pensar psicanaliticamente estes desafios.
DINAMIZAÇÃO: Ana Teresa Vale
METODOLOGIA: Cada sessão começará com a apresentação de um caso clínico por um dos membros do grupo, seguida de discussão pelo grupo e enquadramento teórico pela dinamizadora.
ENQUADRAMENTO | 2025-26
PARTICIPANTES: Aberto a psicoterapeutas, grávidas, psicólogos, pedopsiquiatras, psiquiatras e psicoterapeutas que trabalhem em clínicas de fertilidade ou em contexto de clínica privada com pacientes grávidas ou a pensar engravidar, situações de infertilidade e/ou que tenham passado ou estejam a passar por procedimentos de reprodução assistida.
GRUPO: até 12 participantes
LOCAL: Sede da SPP (com a possibilidade de participação remota)
DURAÇÃO/REGULARIDADE: Início em Outubro de 2025, com frequência mensal às terças-feiras, das 21h às 23h
Datas previstas:
28 Outubro 2025
- 25 Novembro
- 16 Dezembro
- 20 Janeiro 2026
- 24 Fevereiro
- 24 Marco
- 28 Abril
- 26 Maio
- 23 Junho
- 28 Julho
VALOR DA INSCRIÇÃO (para o conjunto das sessões): 15 € Sessão x 10 sessões = 150 euros.
PAGAMENTO: 50% na inscrição e 50% início da formação. O pagamento deve ser realizado através de transferência bancária para o NIB: 0018 0003 4112 7804 02071 enviando comprovativo para o seguinte email: info@psicanalise-spp.com
INSCRIÇÃO: Através do email: info@psicanalise-spp.com da Sociedade Portuguesa de Psicanálise.